***RUI BARBOSA***

***RUI BARBOSA***
"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto." (Senado Federal, RJ. Obras Completas, Rui Barbosa. v. 41, t. 3, 1914, p. 86)
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domingo, 8 de junho de 2014

TAÇA JULES RIMET: Uma gloriosa, triste e vergonhosa história.


O orgulho nacional do futebol brasileiro estava materializado em um símbolo que há 33 anos deixou de estar sob o domínio da nação mais vitoriosa no esporte. 
O sumiço da taça Jules Rimet, roubada facilmente da sede da CBF no Rio de Janeiro em dezembro de 1983, por descuido e  total falta de desvelo da entidade máxima do nosso futebol, e que foi posteriormente derretida por um argentino; é uma vergonha incomensurável para a "pátria de chuteiras" ou "o país do futebol". 
Criada em 1929 pelo então presidente da Fifa, Jules Rimet para ser disputada por países do mundo inteiro, se tornaria domínio definitivo daquele que vencesse o torneio por 3 vezes. E o Brasil conquistou esse direito em 1970 no México, depois de vencer as copas de 1958 na Suécia e 1962 no Chile.
Naquele tempo não existia ainda o padrão FIFA (bilhões de reais) na disputa das Copas, mas apenas o simples e humilde padrão FUTEBOL. E hoje a grande mídia divulga e promove a copa de 2014 aqui no Brasil contando estórias e mais estórias da vida dos jogadores, nos entupindo de comerciais de patrocínio, mas não menciona nada sobre o criador do torneio, não lhe dedica uma simples e merecida homenagem como se ele não existisse, e trata da mesma forma a triste e vergonhosa história do fim melancólico de nosso maior símbolo de conquista futebolística: A TAÇA JULES RIMET.  

Foto da Taça Jules Rimet  - (Museu do Futebol)

Em 1983, a taça do tri campeonato mundial foi roubada da sede da CBF, para vergonha e tristeza nacional e escândalo vexaminoso internacional.

Os ladrões achavam que tinham conseguido arranjar dinheiro fácil. Não imaginavam que todos, sem exceção, estavam se metendo numa estranha história de mortes, prisões, torturas e humilhações. 

Durante um jogo de baralho num Bar de Santo Cristo, bairro na zona portuária do Rio de Janeiro, Sérgio Pereira Ayres, o Peralta, tentou convencer Antônio Setta, sujeito afeito a pequenos furtos, a participar de um roubo. Não seria um crime comum. O objetivo era pegar a Taça Jules Rimet e seu 1,8 quilos de ouro. 
Gerente de banco e dizendo-se representante do Atlético Mineiro (fato negado pelo clube), Peralta conhecia o prédio da entidade, no centro do Rio de Janeiro. Sabia também que haviam duas taças. A réplica, guardada num cofre, e a original, exposta na sala de troféus. Como pareciam especialistas em idiotices, os cartolas da CBF, além da bestice de guardar a réplica no cofre e deixar a original em exposição, ainda mandaram fazer uma caixa de vidro à prova de balas, mas com o fundo preso, com pregos, na parede. Mas, Antônio Setta recusou o "serviço". Lembrou do irmão que morreu de infarto na final da Copa de 1970. 
Dois meses depois, a noticia sobre o roubo da taça se espalhou pelo país. Ao encontrar um policial seu conhecido numa roda de jogo, Setta passou a bola. Ele contou que Peralta planejara o serviço. Peralta tinha 35 anos na época, era solteiro e morava em Santo Cristo. E foi na mesa de carteado, onde Setta recusara o convite, que Peralta encontrou os dois cúmplices de que precisava: José Luiz Vieira da Silva, o Luiz Bigode, e Francisco José Rocha Rivera, o Chico Barbudo. Bigode era decorador e Chico Barbudo fazia bicos comprando e vendendo ouro. Na noite de 19 de dezembro de 1983, Barbudo e Bigode, seguindo orientação de Peralta, roubaram a Taça Jules Rimet e mais 3 peças da sede da CBF. 


"Fac símile" de jornal da época. (Foto web)

As quatro peças roubadas da CBF  na noite de 19 de dezembro de 1983.

Na véspera, o futebol entrara de férias pelo país afora e aquela noite de segunda feira tinha tudo para ser bem calma na rotina de João Batista Maia, vigia do prédio da Confederação Brasileira de Futebol, na rua da Alfândega, 70, no centro do Rio. Por volta das 21 horas, tudo mudou. Dois homens renderam o vigia Maia, que foi amordaçado, amarrado e teve os olhos vendados com esparadrapo. De posse das chaves das salas, os dois ladrões subiram aos 9º andar, onde ficava a Taça. Ela estava protegida por uma caixa de vidro à prova de balas, mas com o fundo pregado na parede com apenas 4 pregos. Um pé de cabra resolveu a questão. Barbudo e Bigode pegaram a "Jules Rimet", mais outras duas taças (Independência e Equitativa), um troféu (Jarrito de Ouro) e fugiram. A ação não durou mais que 20 minutos. Ambos teriam se encontrado com Sérgio Peralta, autor intelectual do crime, e, em data incerta até hoje, repassaram o troféu para Juan Carlos Hernandes, o argentino dono de uma loja de comércio de ouro. No seu escritório, Hernandes tinha o equipamento necessário para derreter a taça. Mas ele só podia fundir no máximo 250 gramas por vez. O jeito foi cortar a Jules Rimet em pedaços. Assim foi feito numa operação que durou menos de sete horas. Derretida, a taça virou barras de ouro e desapareceu para sempre. 


Charge: Diogo - Jornal da Tarde
Sob pressão de seus superiores, que queriam a solução rápida de um caso com repercussão mundial, os policiais ficaram entusiasmados quando Setta denunciou Peralta. No dia 25 de janeiro de 1984, Peralta foi preso quando andava na Avenida Beira Mar, Zona Sul do Rio de Janeiro. Ele teve seu rosto coberto por um capuz, jogado no chão de um carro e levado para um lugar desconhecido onde ficou três dias sem comer. Foi torturado. Peralta, Bigode e Barbudo, mentor e executores foram presos. Mas, onde estava a taça? Com eles não estava. Havia, portanto, um receptador na história, alguém que ficara com a mercadoria roubada. Em fevereiro de 1984, doze policiais invadiram uma loja de comércio de ouro, no centro do Rio. Curiosamente, um mês antes , o estabelecimento mudara a razão social para o sugestivo nome de “Aurimet”, que, numa leitura livre, podia ser a combinação de “AURI” (prefixo de ouro), e “RIMET” (de Jules Rimet). O nome antigo era J. C. Hernandes, de Juan Carlos Hernandes, o argentino que costumava negociar com Chico Barbudo e que fora acusado por este de ter ficado com o troféu. Na verdade, ninguém tinha mais a taça do tri. Ele fora cortada, derretida e passada para frente. Acabara. Depois de alguns meses na prisão, em 1984, o quarteto passou a acompanhar o processo em liberdade. Em 1988, veio a sentença. Para Peralta, o mentor, cinco anos de cadeia. Para os ladrões, seis anos. Para o receptador, três anos. Logo após o anúncio, o quarteto desapareceu. Peralta somente foi preso em 1994, em Cabo Frio. Foi para o presidio Esmeraldino Bandeira, em Bangú. Em setembro de 1998 ganhou liberdade condicional. Chico Barbudo não ficou muito tempo foragido. No dia 28 de setembro de 1989, ele foi assassinado num bar, em Santo Cristo. Em dezembro de 1985, Antônio Setta, o alcagüete, foi vítima de um acidente automobilístico fatal, próximo à Lagoa Rodrigo de Freitas. Setta tinha uma audiência no tribunal naquela semana. Luiz Bigode foi capturado pela Policia em 1995. Passou três anos trancafiado em Bangú e, em 1998 vivia em regime semi aberto na Colônia Agrícola de Magé. Preso por policiais ao desembarcar na Rodoviária de São Paulo, Juan Carlos Hernandes, foi reconhecido pelo delegado Marcelo Itagiba da Divisão de Repressão e Entorpecentes da Policia Federal. Hernandes se juntou ao destino dos seus outros três comparsas no crime. Nenhum ficou rico, todos perderam o que tinham na época do escândalo e garantem ter sido torturados pela policia. Um deles morreu assassinado. Outro cumpre pena na Colônia Agrícola de Magé, no Rio de Janeiro. Hernandes foi transferido para uma cela com outros 27 presos na Politer carioca. O quarto acusado de ser o mentor do sumiço, vive hoje em liberdade condicional, mas sabe que uma espécie de maldição persegue os envolvidos no escândalo.


Acima, a esquerda, Sérgio Pereira Ayres, o "Peralta" - um dos ladrões da Taça

Foto: Kodak institucional

Carlos Alberto Torres - O "Capitão do Tri" posa com a taça.

Atualização: 02/08/2014 - Novas Fotos

1930 - Francês Jules Rimet à esq. presidente da Fifa entrega o troféu da primeira Copa do Mundo a Raul Jude presidente da Federação Uruguaia de Futebol


A taça Jules Rimet original era assim.


Fonte: Reportagem de Rogério Daflon para a Revista Placar, 1988.
Do blog: ICH LIEBE FUSSBALL
Editado por Fernando Lemos


sexta-feira, 18 de abril de 2014

Embrapa: e não é que o PT vai conseguir estragar mais uma instituição decente?


                                                                                                       Fonte: O Globo


Uma das coisas mais raras que existem é uma estatal eficiente. O BNDES já foi assim no passado, mas isso está lá, enterrado no passado. O Ipea teve sua credibilidade, mas isso é coisa do passado também. Se há ainda uma empresa estatal que goza de respeito (não pensem que vou falar da Fiocruz, aquele antro de marxista), essa é a Embrapa.
Suas pesquisas agropecuárias são apontadas como importantes para o salto de produtividade que o país deu no setor. A revista britânica The Economist chegou a reconhecer publicamente isso. É claro que um liberal sempre poderá questionar o custo de oportunidade, ou seja, como estaria o setor sem esses recursos tirados da iniciativa privada e destinados a essas pesquisas da estatal. Mas, ainda assim, trata-se de uma empresa séria e com um quadro de pesquisadores de ótimo nível.
Tratava-se, seria melhor dizer. Uma reportagem de hoje no GLOBO mostra como a Embrapa vem sendo aparelhada pelo PT também, com critérios mais flexíveis na escolha de pessoal. Na mitologia, existe o toque de Midas, onde tudo que o rei colocava a mão virava ouro. O PT parece ter o “toque de Mierdas”: tudo que ele coloca a mão apodrece! Vejam:

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) sempre foi considerada uma ilha de excelência técnica, tanto na condução de pesquisas decisivas para o setor quanto na escolha dos profissionais de carreira que ocupam os cargos de chefia da estatal. O atual momento do órgão vem redesenhando essa impressão. A empresa vive uma fase de aparelhamento e apadrinhamento partidário num de seus setores mais estratégicos, afrouxamento das regras para a escolha dos diretores executivos — com a predominância do critério de indicação política — desmantelamento da capacitação internacional, e forte disputa interna. Além disso, uma investigação em curso apura supostas irregularidades cometidas por sete servidores na criação da Embrapa Internacional, com sede nos EUA.
Documentos obtidos pelo GLOBO mostram que já está definida a extinção da Embrapa Estudos e Capacitação, também chamada de Centro de Estudos Estratégicos e Capacitação em Agricultura Tropical (Cecat), um projeto pessoal do então presidente Lula, inaugurado em maio de 2010. Lula pediu a criação da unidade para capacitar profissionais de outros países que atuam no campo da agropecuária, principalmente nações da África e da América Latina. Um bloco de quatro andares foi construído ao lado da sede da Embrapa em Brasília — os dois prédios estão conectados por um corredor — e os gastos somaram R$ 9,4 milhões.

Militantes do PT viraram chefes de departamentos importantes dentro da empresa. É a politização da Embrapa. O PT parece agir como os cupins, tomando conta do pedaço e estragando sua estrutura. É muito triste ver todo o estrago que o PT tem causado ao Brasil. Como disse Graça Foster sobre a investigação que faria na Petrobras, mas usando agora em contexto verdadeiro: não vai ficar pedra sobre pedra!


Fonte: Via e-mail de LT.

segunda-feira, 31 de março de 2014

31 de Março de 1964


                                                                Foto: web


O QUE FOI O 31 DE MARÇO DE 1964
Por Alexandre Garcia
 
Gostaria de dizer algumas coisas sobre o que aconteceu no dia 31/03/1964 e nos anos que se seguiram. Porque concluo, diante do que ouço de pessoas em quem confio intelectualmente, que há algo muito errado na forma como a história é contada. Nada tão absurdo, considerando as balelas que ouvimos... sobre o "descobrimento" do Brasil ou a forma como as pessoas fazem vistas grossas para as mortes e as torturas perpetradas pela Igreja Católica durante séculos. Mas, ainda assim, simplesmente não entendo como é possível que esse assunto seja tão parcial e levianamente abordado pelos que viveram aqueles tempos e, o que é pior, pelos que não viveram. Nenhuma pessoa dotada de mediano senso crítico vai negar que houve excessos por parte do Governo Militar. Nesta seara, os fatos falam por si e por mais que se tente vislumbrar certos aspectos sob um prisma eufemístico, tortura e morte são realidades que emergem de maneira inegável. 
Ocorre que é preciso contextualizar as coisas. Porque analisar fatos extirpados do substrato histórico-cultural em meio ao qual eles foram forjados é um equívoco dialético (para os ignorantes) e uma desonestidade intelectual (para os que conhecem os ditames do raciocínio lógico). E o que se faz com relação aos Governos Militares do Brasil é justamente ignorar o contexto histórico e analisar seus atos conforme o contexto que melhor serve ao propósito de denegri-los.
Poucos lembram da Guerra Fria, por exemplo. De como o mundo era polarizado e de quão real era a possibilidade de uma investida comunista em território nacional. Basta lembrar de Jango e Jânio; da visita à China; da condecoração de Guevara, este, um assassino cuja empatia pessoal abafa sua natureza implacável diante dos inimigos.
Nada contra o Comunismo, diga-se de passagem, como filosofia. Mas creio que seja desnecessário tecer maiores comentários sobre o grau de autoritarismo e repressão vivido por aqueles que vivem sob este sistema. Porque algumas pessoas adoram Cuba, idolatram Guevara e celebram Chavez, até. Mas esquecem do rastro de sangue deixado por todos eles; esquecem as mazelas que afligem a todos os que ousam insurgir-se contra esse sistema tão "justo e igualitário". Tão belo e perfeito que milhares de retirantes aventuram-se todos os anos em balsas em meio a tempestades e tubarões na tentativa de conseguirem uma vida melhor.
A grande verdade é que o golpe ou revolução de 1964, chame como queira, talvez tenha livrado seus pais, avós, tios e até você mesmo e sua família de viver essa realidade. E digo talvez, porque jamais saberemos se isso, de fato, iria acontecer. Porém, na dúvida, respeito a todos os que não esperaram sentados para ver o Brasil virar uma Cuba.
Respeito, da mesma forma, quem pegou em armas para lutar contra o Governo Militar. Tendo a ver nobreza nos que renunciam ao conforto pessoal em nome de um ideal. Respeito, honestamente.Mas não respeito a forma como esses "guerreiros" tratam o conflito. E respeito menos ainda quem os trata como heróis e os militares como vilões. É uma simplificação que as pessoas costumam fazer. Fruto da forma dual como somos educados a raciocinar desde pequenos. Ainda assim, equivocada e preconceituosa.
Numa guerra não há heróis. Menos ainda quando ela é travada entre irmãos. E uma coisa que se aprende na caserna é respeitar o inimigo. Respeitar o inimigo não é deixar, por vezes, de puxar o gatilho. Respeitar o inimigo é separar o guerreiro do homem. É tratar com nobreza e fidalguia os que tentam te matar, tão logo a luta esteja acabada. É saber que as ações tomadas em um contexto de guerra não obedecem à ética do dia-a-dia. Elas obedecem a uma lógica excepcional; do estado de necessidade, da missão acima do indivíduo, do evitar o mal maior.
Os grandes chefes militares não permanecem inimigos a vida inteira. Mesmo os que se enfrentam em sangrentas batalhas. E normalmente se encontram após o conflito, trocando suas espadas como sinal de respeito. São vários os exemplos nesse sentido ao longo da história. Aconteceu na Guerra de Secessão, na Segunda Guerra Mundial, no Vietnã, para pegar exemplos mais conhecidos. A verdade é que existe entre os grandes Generais uma relação de admiração.
A esquerda brasileira, por outro lado, adora tratar os seus guerrilheiros como heróis. Guerreiros que pegaram em armas contra a opressão; que sequestraram, explodiram e mataram em nome do seu ideal.E aí eu pergunto: os crimes deles são menos importantes que os praticados pelos militares? O sangue dos soldados que tombaram é menos vermelho do que o dos guerrilheiros? Ações equivocadas de um lado desnaturam o caráter nebuloso das ações praticadas pelo outro? Penso que não. E vou além.A lei de Anistia é um perfeito exemplo da nobreza que me referi anteriormente. Porque o lado vencedor (sim, quem fica 20 anos no poder e sai porque quer, definitivamente é o lado vencedor) concedeu perdão amplo e irrestrito a todos os que participaram da luta armada. De lado a lado. Sem restrições. Como deve ser entre cavalheiros. E por pressão de Figueiredo, ressalto, desde já. Porque havia correntes pressionando por uma anistia mitigada.
Esse respeito, entretanto. Só existiu de um lado. Porque a esquerda, amargurada pela derrota e pela pequenez moral de seus líderes nada mais fez nos anos que se seguiram, do que pisar na memória de suas Forças Armadas. E assim seguem fazendo. Jogando na lama a honra dos que tombaram por este país nos campos de batalha. E contaminando a maneira de pensar daqueles que cresceram ouvindo as tolices ditas pelos nossos comunistas. Comunistas que amam Cuba e Fidel, mas que moram nas suas coberturas e dirigem seus carrões. Bem diferente dos nossos militares, diga-se de passagem.
Graças a eles, nossa juventude sente repulsa pela autoridade. Acha bonito jogar pedras na Polícia e acha que qualquer ato de disciplina encerra um viés repressivo e antilibertário. É uma total inversão de valores. O que explica, de qualquer forma, a maneira como tratamos os professores e os idosos no Brasil.Então, neste dia31 de março, celebrarei aqueles que se levantaram contra o mal iminente. Celebrarei os que serviram à Pátria com honra e abnegação. Celebrarei os que honraram suas estrelas e divisas e não deixaram nosso país cair nas mãos da escória moral que, anos depois, o povo brasileiro resolveu por bem colocar no Poder.
Bem feito. Cada povo tem os políticos que merece.
Se você não gosta das Forças Armadas porque elas torturaram e mataram, então, seja, pelo menos, coerente. E passe a nutrir o mesmo dissabor pela corja que explodiu sequestrou e justiçou, do outro lado. Mas tenha certeza que, se um dia for necessário sacrificar a vida para defender nosso território e nossas instituições, você só verá um desses lados ter honradez para fazê-lo.
 
                                                                                        Foto: Web



Fonte: Recebido por e-mail de SMP

sábado, 15 de março de 2014

Carta aberta a Letícia Spiller


Rodrigo Constantino
13/03/2014
 às 15:39 

                                                           Fonte: novaslistas.com.br

Prezada Letícia,
Antes de mais nada, gostaria de dizer que admiro seu talento como atriz e também te considero muito bonita. Infelizmente, você tem endossado certas ideias um tanto estapafúrdias, aplaudido regimes nefastos como o cubano, e alegado que se arrepende de ter usado uma camisa com a bandeira americana no passado, chegando a afirmar que se fosse hoje usaria uma com o Che Guevara.
Ontem, sua casa no Itanhangá foi assaltada por bandidos armados, que lhe fizeram de refém enquanto sua filha dormia logo ao lado. Lamento o que você passou, pois deve ser, sem dúvida, uma experiência traumática. Nossa casa é nosso castelo, e se sentir inseguro nela é terrível, especialmente quando temos filhos menores morando com a gente. A sensação de impotência é avassaladora, e muitos chegam a decidir se mudar do país após experiências deste tipo.
O que eu gostaria, entretanto, é que você fosse capaz de fazer uma limonada desse limão, ou seja, que pudesse extrair lições importantes desse trauma que ajudassem a transformá-la em uma pessoa melhor, mais consciente dos reais problemas que nosso país enfrenta. Se isso acontecesse, então aquelas horas de profunda angústia não seriam em vão.
Como você talvez saiba, sou o autor do livro Esquerda Caviar, que fala exatamente de pessoas com seu perfil (aproveito para lhe oferecer um exemplar autografado, se assim desejar). Artistas e “intelectuais” ricos, que vivem no conforto que só o capitalismo pode oferecer, protegidos pela polícia “fascista”, mas que adoram pregar o socialismo, a tirania cubana ou tratar bandidos como vítimas da sociedade: eis o alvo da obra.
Essa campanha ideológica feita por esses artistas famosos acaba tendo influência em nossa cultura, pois, para o bem ou para o mal (quase sempre para o mal), atores e atrizes são formadores de opinião por aqui. Quando um Sean Penn, por exemplo, abraça o tiranete Maduro na Venezuela, ele empresta sua fama a um regime nefasto, ignorando todo o sofrimento do povo venezuelano. Isso é algo abjeto.
No Brasil, vários artistas de esquerda têm elogiado ditaduras socialistas, atacado a polícia, o capitalismo, as empresas que buscam lucrar mais de forma totalmente legítima, etc. Muitos chegaram a enaltecer os vagabundos mascarados dos black blocs, cuja ação já resultou na morte de um cinegrafista.
Pois bem: a impunidade é o maior convite ao crime que existe. Quando vocês tratam bandidos como vítimas da sociedade, como se fossem autômatos incapazes de escolher entre o certo e o errado, como se pobreza por si só levasse alguém a praticar uma invasão dessas que você sofreu, vocês incentivam o crime!
Pense nisso, Letícia. Gostaria de perguntar uma coisa: quando você se viu ali, impotente, com sua propriedade privada invadida, com armas apontadas para a sua cabeça, você realmente acreditou que estava diante de pobres vítimas da “sociedade”, coitadinhos sem oportunidade diferente na vida? Ou você torceu para que fossem presos e punidos por escolherem agir de forma tão covarde contra uma mãe e uma filha em sua própria casa?
Che Guevara, que você parece idolatrar por falta de conhecimento, achava que era absolutamente justo invadir propriedades como a sua. Afinal, o socialismo é isso: tirar dos que têm mais para dar aos que têm menos, como se riqueza fosse jogo de soma zero e fruto da exploração dos mais pobres. Você se enxerga como uma exploradora? Ou acha que sua bela casa é uma conquista legítima por ter trabalhado em várias novelas e levado diversão voluntária aos consumidores?
Nunca é tarde para aprender, para tomar a decisão correta. Por isso, Letícia, faço votos para que esse desespero que você deve ter sentido ontem se transforme em um chamado para uma mudança. Abandone a esquerda caviar, pois ela não presta, é hipócrita, e chega a ser cúmplice desse tipo de crime que você foi vítima. Saia das sombras do socialismo e passe a defender a propriedade privada, o império das leis, o fim da impunidade e o combate ao crime, nobre missão da polícia tão demonizada por seus colegas.
Te espero do lado de cá, o lado daqueles que não desejam apenas posar como “altruístas” com base em discurso hipócrita e sensacionalista, daqueles que focam mais nos resultados concretos das ideias do que no regozijo pessoal com as aparências de revolucionário engajado. Será bem-vinda, como tantos outros que já acordaram e tiveram a coragem de reconhecer o enorme equívoco das lutas passadas em prol do socialismo.
Um abraço,
Rodrigo Constantino
Obs: um PS foi escrito após tanta repercussão, e vai abaixo:
13/03/2014 - 
 às 23:20

A carta aberta que escrevi para a atriz Letícia Spiller, assaltada em sua própria residência ontem, causou enorme celeuma e já foi, em poucas horas, lida por mais de 250 mil pessoas. A grande maioria tem elogiado, o que nos enche de esperança com o país, pois muitos estão cansados do sentimento de impunidade que reina por aqui.
Mas várias críticas têm surgido sobre o momento inoportuno, a falta de respeito por “usar” o sofrimento dela para promover meu livro, ou um suposto tom de “bem feito”. Nada mais falso. A carta não contém ironia, tampouco eu desejaria que algo tão terrível, como ter bandidos armados em sua própria casa, acontecesse com ela (não desejo isso nem ao Sakamoto!). Eu realmente lamento o ocorrido.
Também não preciso promover meu livro, pois ele já é um best-seller, com mais de 20 mil exemplares vendidos, e eu sequer dependo desta renda para viver (o que não quer dizer que seja ruim ganhar um extra com meu trabalho, viu, Record?). Portanto, essa crítica de oportunismo não se sustenta e mais parece projeção da própria esquerda materialista, que só pensa em dinheiro, por mais que sempre diga o contrário.
O momento foi inoportuno devido ao sofrimento da atriz? Não creio! Afinal, ela está bem, nada de pior aconteceu (felizmente), está em segurança, com a família, apesar de provavelmente ainda sentir angústia com a noite assustadora que passou. Mas isso quer dizer que o momento é justamente oportuno! Explico.
Alguns perguntam se já tive arma apontada na cabeça, como se com tal pergunta pudessem me desmoralizar como alguém insensível diante da dor alheia. Respondo: já, sim. E foi muito desagradável. Não foi em casa, e sim no carro. Uma arma prateada que bateu no meu vidro, com o marginal demandando meu relógio, que fora presente de casamento dos meus pais (valor emocional, se é que alguns esquerdistas compreendem isso).
Eu até já contei esse caso aqui em outra ocasião. O fato é que tinha minha filha com apenas um aninho em casa me esperando, e mantive a maior calma do mundo, entregando o relógio sem gestos bruscos. Quando me vi em segurança, longe do vagabundo, a perna tremeu um pouco. Não é uma sensação boa estar entre a vida e a morte sob a mira de uma arma.
Mas aqui vem a parte importante: esse momento tenso ajudou a mudar, em parte, minha vida, quem eu sou, e para melhor. Eu era muito jovem, e mais ligado a bens materiais. Na verdade, tinha coleção de relógios, pois os adorava. Tudo isso pareceu pouco importante perto de continuar vivo e poder chegar em casa e ver o sorriso de minha filha.
Experiências traumáticas podem, sim, mudar a gente. E foi exatamente com isso em mente que escrevi a carta para a atriz, aproveitando este momento delicado que ela enfrenta. Oportunismo sim, mas no bom sentido. Como eu acredito no livre-arbítrio, tanto dos bandidos como dos artistas, acho que a Letícia Spiller pode mudar, usar essa experiência para se dar conta de que vem defendendo bandeiras muito erradas, que apenas incitam a criminalidade ao tratar bandidos como vítimas da “sociedade”.
Infelizmente, a reação de muita gente diz mais sobre eles mesmos do que sobre mim. Felizmente, foi uma minoria perto da imensa maioria que compreendeu o espírito da coisa. Há luz no fim do túnel…

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

RESENDE F.C. – Antes de decidir, é preciso conhecer a história.


Anos 1940 - Uma das muitas enchentes que atingiam o R.F.C. antes de 1969.

           Tenho lido aqui e ali, notícias sobre uma possível venda do terreno onde está o campo do Resende Futebol Clube e que pertence ao mesmo por DOAÇÃO da Prefeitura Municipal de Resende mediante condições especificas. Também se fala em “revitalização” do espaço, com recuperação de suas dependências. Concordo com esta segunda opção, pelo fato desse clube fazer parte da história de Resende, e já ter seu espaço próprio, coisa rara ente os clubes de futebol, conquistado por mérito, suor e muito trabalho de gerações de resendenses.

Pesquisando sobre o Clube em tela, encontrei suas origens que remontam a 31/10/1846 (e lá se vão 167 anos), quando o jovem Antônio José Villaça (*1800/+1884), um dos primeiros portugueses  a se fixar na então Vila de Resende ainda antes de nossa independência em 1822, “requereu a licença para fixar sua tenda de ferreiro no rancho de sua propriedade no Largo da Várzea.” Era então o Largo da Várzea desprezado pelos empreendedores daquela época (fazendeiros, lavradores, artífices, etc.)  por sofrer com as constantes e fartas enchentes do Paraíba. Pois bem; apesar disso, cinco meses depois, ele pede e “a ata da CM de 26/03/1847 registra o requerimento de 120 palmos de terreno da rua da Ponte, [ao] canto da travessa da rua do Rosário, dando para a chácara de D. Ana da Silva. Foi atendido.” Nascia ali um novo logradouro apelidado com o passar do tempo de Várzea do Villaça, que correspondia a toda a área que vai da ponte do rio Sesmaria (hoje, ponte Pio XII), servindo o rio de limite, até as margens do Rio Paraíba do Sul, perto da ponte de madeira que ali existia na época e que resistiu até a construção da Ponte Velha, inaugurada em abril de 1905.

Em 1859, “a câmara, para descongestionar o trafego de rua Formosa (hoje Dr. Cunha Ferreira), mandou abrir uma rua que, partindo da ‘Formosa, termina na Várzea do Villaça’, hoje Praça da Concórdia.  Em consequência, Antônio José Villaça, proprietário da Várzea, reclama pagamento pelo trecho de terreno a ser utilizado publicamente. A Câmara não atende o pedido. O pretendido proprietário recorre à Justiça, que também não o atende.” Com essa introdução, fica patente que o local tinha pois um proprietário, já desde 1847.

Seguindo pela história, encontramos em 1869 o registro da efetivação do nome “praça da Concórdia, a então Várzea do Vilaça,” proposição feita pelo vereador Antunes, que a Câmara aprovou,  mudando o nome da Várzea, e de outras ruas da cidade.

Ao final do século 19, já se praticava por aqui o futebol, e não havia lugar melhor do que o “Campo da Concórdia”, aquela várzea plana, sem pedras e totalmente despovoada, onde (ao que tudo indica) a rapaziada já batia ali sua bolinha, com a permissão dos herdeiros do “seu” Antônio José Villaça, é claro.

E assim foi que “em janeiro de 1909, um grupo de rapazes, entusiastas do jogo bretão, funda o primeiro clube de futebol da cidade, o RESENDE F.C.”, um dos mais antigos do Brasil (o primeiro clube de futebol do Brasil é o Sport Club Rio Grande - RS, fundado em 19/07/1900, e o segundo a Associação Atlética Ponte Preta (SP) – 11/08/1900). Foi aclamado “capitani” do R.F.C, o ardoroso adepto João Teixeira de Carvalho, sendo escolhidos na ocasião Armando Monteiro, Alfredo Veloso e Francisco C. Soares, respectivamente, presidente, secretário e tesoureiro.

Em 1916, o prefeito Dr. Altivo Castelar veta uma “resolução da Câmara que cede ao RESENDE F.C.  a título gratuito o campo da Concórdia para praça desportiva.” Por essa nota, deduz-se que a praça da Concórdia já pertencia a Municipalidade.

Apesar disso, o Resende F.C. foi conquistando seu lugar na sociedade resendense, tanto assim que por volta de 1926 aparece seu órgão oficial, “O Stadium”, bem como “lança-se no campo da Concórdia a pedra fundamental  do “stadium” do R.F.C., concorridíssima cerimônia, orando a propósito o Dr. Pedro Rocha, presidente do clube alvi-negro.” Era a pressão para conquistar o terreno de forma definitiva.

No início da década de 1930, “a Prefeitura cede ao Ministério da Viação determinada faixa de terreno à Praça da Concórdia, na cidade, para localização do prédio destinado à agência postal-telegráfica da cidade.” Abre-se assim a possibilidade de o Resende Futebol  Clube pleitear e também conseguir seu intento: o terreno para o seu estádio.

Em 1934 o Resende F. C. demonstrando sua força regional, disputa 19 jogos,  dos quais perdeu apenas 4. “As mais renhidas pelejas foram com os clubes de Barra Mansa e Taubaté.” O orgulho pelo clube cresce entre a população.

Em 1940, constava na relação de bens patrimoniais do Município, dentre muitos outros, o “terreno à Praça da Concórdia, cedido a título precário ao Resende F.C., para campo de esporte,  [avaliado em] 20 contos de réis.” Essa importante nota histórica demonstra que, o terreno onde está hoje o campo do Resende F.C. pertencia, sem sombra de dúvidas, ao Município, que o adquiriu, talvez, por desapropriação, cuja data (ainda) não encontramos em nossa pesquisa.

Finalmente, em 1946“O prefeito [Dr. Otacílio de Freitas Assunção] expediu o decreto nº 65, autorizando o município a doar ao “RESENDE F.C.”, para sua praça de esportes, situada na Praça da Concórdia com área de 15.100,30 metros quadrados,  já utilizado pelo donatário para sua atividade esportiva. A doação subordina-se a umas quantas condições.” E são essas “umas quantas condições” que se quer mudar, pois a doação é condicional para uso exclusivamente para a prática de esportes, não podendo o clube lhe dar qualquer outra destinação e nem o vender. E é na ponta da caneta que se pretende apagar mais uma parte de nossa já dilacerada história, com a falta de preservação de nossos bens históricos materiais e imateriais, alterando-se esse decreto. 

Anos 1950 - O R.F.C visto de dentro para fora. Ao fundo (D) a Igreja Matriz.
Aí está, resumidamente, a história de um centenário clube, nascido de um lugar que de nada servia e que hoje faz parte da alma resendense. É nossa responsabilidade, manter essas tradições intactas, porém restauradas para  as gerações futuras se orgulharem da torrão em que nasceram e apoiarem iniciativas de preservação de nossa terra.

Portanto,  Sr. Prefeito José Rechuan Junior, Srs. Secretários Municipais, Srs. Vereadores, e demais envolvidos; o destino está em vossas mãos. Antes de tomar qualquer decisão, pedimos o bom senso no sentido de preservar o que ainda resta de nossa rica e documentada história, para que possamos nos orgulhar no futuro, deste presente que no adiantar do tempo, breve se tornará passado.

Algumas curiosidades sobre o RFC: 

- Originalmente, as traves do campo do Resende,  eram no sentido inverso de hoje. Uma trave ficava na lateral da Av. Gustavo Jardim e a outra na rua Paul Harris. Por isso, a arquibancada social foi construída no local em que ainda (embora praticamente destruída) se encontra, que era no meio de campo, o melhor ângulo para se assistir um jogo de futebol .  

- Onde hoje está a rua Pintor Nunes de Paula, era a quadra de Basquete, Futebol de Quadra e Vôlei, que ficava ao lado da tribuna social (arquibancada) no sentido de quem adentra ao clube pela porta da bilheteria antiga. 

- Antes de ter o seu “stadium”, o Resende F.C. fazia suas reuniões de trabalho e festivas (bailes) no salão principal do sobrado ainda existente na Praça Oliveira Botelho, onde hoje funciona um supermercado. Para quem não sabe, esse sobrado era a casa da cidade da “Rainha do Café”, Da. Maria Benedita Gonçalves Martins. Veja na foto abaixo, o detalhe gravado na curva da grade na sacada do prédio. Sobre o sobrado citado, ressalte-se que é um dos mais antigos prédios de Resende (o primeiro sobrado) e que foi nele que se aclamou aqui, em 1822, D. Pedro I - Imperador perpétuo do Brasil e a Constituição de 1824, outorgada pelo Imperador. Erroneamente é citado pelos historiadores como tendo sido construído em 1840. Está aí mais um patrimônio histórico que carece de atenção.

Anos 1920. O Resende Futebol Clube tinha sua sede no sobrado da praça. 


Fontes:

.Sodré, Alfredo – Rezende  Os Cem Anos da Cidade – Vol. I – Gráfica de “A Lira” - 1948
.Bopp, Itamar – Notas Genealógicas – Casamentos 501 a 602 e 701 – Gráfica Sangirard – 1973 
.Bop, Itamar e Sodré, Alfredo – Resende  Cem Anos da Cidade 1848-1948 – Gráfica Sangirard – 1977
.Wikipédia - (Internet)

Fotos: Arquivo pessoal Fernando Lemos.

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

BRASILEIRO: Um povo muito interessante...


                                                          - Guarujá -                           Foto: internet
O Brasileiro é, antes de qualquer outra coisa, acima de todos os outros povos, um tipo de gente curioso. A sua passividade é enorme e os seus níveis de tolerância são estratosféricos, ao passo que a sua adequação a realidade é disforme quase que de nascença. 

De tanto vivermos em uma sociedade em que apenas se presta e nunca se recebe, adquirimos uma espécie de armadura moral intransponível; somos verdadeiros cavaleiros de armadura da tolerância para com aqueles que nos ferem os direitos. 

O Brasileiro é, mais do que qualquer um, um engolidor de sapos profissional! A matéria me chama a atenção imediatamente: "Consumo 'inesperado' fez faltar água no litoral de SP". Para aqueles de memória mais fresca, lembremos que houve matérias nesse mesmo jornal sobre o preço das coisas no Guarujá e em Santos. Nessa terra caiçara em que o picolé está custando R$ 10.00 (dez reais) e o sanduíche na orla da praia, em um quiosque sujinho, R$ 61.00 (sessenta e um. Isso mesmo, sessenta e um reais!) os Paulistanos e demais turistas repetem, ano após ano, o seu masoquista ritual: 

01. Pegam seus carros financiados em sessenta vezes que custam sessenta mil, mas que pagarão setenta e cinco, para venderem por quarenta e oito e partem para a luta. Lá fora? O mesmo carro custa USD 13.000.00. 

02. Pegam oito horas de tráfego municiados de seus tanques de gasolina com o litro quase a R$ 3.00. Lá fora custa um terço. Pagam quase R$ 25.00 de pedágio em um trecho que lá fora custaria USD 1.20. 

03. Alugaram uma casa para a semana da virada por R$ 450.00 por dia, totalizando R$ 3.150.00, aonde, com o mesmo valor, poderia passar SEIS MESES em um bom hotel norte Americano. Ah, com café da manhã. 

04. Pagam R$ 10.00 de "adianto" do flanelinha para pararem o carro na rua, ou encaram os R$ 18.00 a primeira hora do estacionamento mais próximo. Lá fora? USD 1.20, novamente. 

05. Enfim o mar, enfim a praia! Agora, municiados por seus telefones de R$ 3.000.00 - que lá fora custa USD 400.00 - eles tiram fotos uns dos outros, com garrafas de bebidas de R$ 120.00, que, mais uma vez, lá fora custa USD 16.00, e postam - por meio de suas internets móveis de R$ 99.90, que lá fora custa USD 11.00 - mais um maravilhoso dia de sol! 

06. Ao final de tudo, retornam para casa com cheiro de mar nos cabelos, areia no corpo e o canto da boca oleoso por conta do pastel de carne de R$ 7.50 - que não teM lá fora, graças a Deus - para, enfim, finalmente e absolutamente: TOMAR BANHO DE CANECA, PORQUE ACABOU A ÁGUA! 

Parabéns, Brasil! Você realmente É O PAÍS MAIS ENGRAÇADO DO MUNDO!

Recebido por e-mail: SMPB

sábado, 11 de janeiro de 2014

ANÚNCIOS DE SUPERMERCADOS. SENSACIONAL!!!


Acredite se quiser... Veja aí...

O que? que isso?

Expira. Mas também inspira...

Menos o roedor!!!

Eu não comeria este queijo...

Tá calor, mas não chega a tanto né?

Pão Miss Bumbum

Coca, da boa, é vendida a Quilo.

A gente nunca sabe o que vem depois das cáries...

Não deixe as crianças sozinhas com a flor, pode ser perigoso...

Colchão só para não fumantes.

Mas era só copiar da latinha gente...

Lembrei do filme do Náufrago, a Wilson agora fabricando carrinhos...

Tá até barato, né ???

Garoto do frigorífico??? Friboy, deve ser assim que chamam os açougueiros...

Opa! Pera aí! Promoção para mais caro?.. rsrsrsrssss


Crie laços  com pessoas que lhe fazem bem, que lhe parecem verdadeiras e desfaça os nós que lhe prendem àquelas que foram significativas na sua vida, mas que infelizmente, por vontade própria, deixaram de ser. 

Nó aperta, laço enfeita...

Fonte: Lili, por e-mail
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