***RUI BARBOSA***

***RUI BARBOSA***
"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto." (Senado Federal, RJ. Obras Completas, Rui Barbosa. v. 41, t. 3, 1914, p. 86)
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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Futuro Comandante do Exército cuidará da ocupação do Alemão até UPP ser implantada



Por Jorge Serrão


O militar cotado para futuro Comandante do Exército na gestão Dilma Rousseff, General de Quatro Estrelas Antônio Gabriel Ésper, passará por uma difícil prova de fogo nos próximos meses. Como atual Comandante de Operações Terrestres do EB, Esper será o principal gestor pelo sucesso da arriscada ocupação, para policiamento ostensivo, que o Exército fará nas favelas do Complexo do Alemão, até que a Polícia Militar do Rio de Janeiro tenha condições de instalar, por lá, uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).

O governador Sérgio Cabral pediu ontem ao Ministro da Defesa, Nelson Jobim, que ocupe o Complexo do Alemão com suas forças de segurança. Cabral negociou seu pedido com o ministro Nelson Jobim e com três militares: o comandante do Exército, General Enzo Martins Peri, o chefe do Estado Maior do Ministério da Defesa, General José Carlos de Nardi, e o Comandante Militar do Leste, General Adriano Pereira Junior. Apesar da grande experiência em combate no Haiti, que parece muito com tudo que passamos por aqui, o risco de desgaste para o EB é grande, se o Estado demorar demais a colocar no Alemão um mínimo de 2.200 policiais necessários para botar a UPP para funcionar.

A previsão é que a ocupação do Alemão conte com a participação de três mil PMs. Cabos e soldados têm a promessa de receber um aumento salarial bancado pelo governo federal para que nenhum policial que participe da futura ocupação receba menos de R$ 1.400 no mês. Cerca de sete mil policiais, bombeiros e agentes penitenciários estão em fase de preparação para atuar nas UPPs a serem implantadas.

Não vai ser fácil
Até agora, as Forças Armadas, amadas ou não pelos ideólogos do atual governo e do próximo, cumprem muito bem a difícil missão de ajudar a enxugar o gelo na guerra assimétrica promovida o narcotráfico e seus terroristas, no Rio de Janeiro.

Mas os bandidos ainda têm muita bala na agulha para reagir, já que na fuga da Vila Cruzeiro para o Alemão, os levaram com eles uns R$ 2 milhões, em dólares e reais.

O dinheiro foi carregado em sacos dentro de uma caminhonete usada para transportar os bandidos da parte baixa da Vila Cruzeiro até o alto, numa região de mata.

Imagens dos bandidos fugindo no veículo foram registradas por um cinegrafista da TV Globo de dentro de um helicóptero da emissora na última quarta-feira, quando policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) - com ajuda de blindados da Marinha - tomaram a favela.

Conto do PACo
O chefão Lula da Silva espera que a confusão no Alemão acabe depressa, para que ele possa inaugurar as obras feitas por lá (filme acima).

A menina dos olhos é o teleférico, um sistema de transporte que vai ligar vários pontos do conjunto à estação de trem de Bonsucesso.

Curioso é indagar como o governo conseguiu tocar uma obra tão grande, em um lugar que era totalmente dominado pelo narcotráfico – conforme admitem todas as autoridades, do governador do Estado ao Cabo da faxina.

É um sinal de que havia um pacto entre autoridades e os traficantes, que acabou quebrado e que gerou a confusão que redundou na operação militar do Alemão e adjacências.

Investimento pesado
As favelas do Complexo do Alemão ganharam o maior investimento do Programa de Aceleração e Crescimento (PAC), do governo federal.

Foram destinados R$ 495 milhões para melhorar a vida de cerca de 97 mil pessoas, segundo o IBGE, que moram na região.

A região onde fica o conjunto de favelas já foi uma importante área industrial, mas ao longo dos anos foi perdendo espaço para a violência.

Desgaste esquecido
O General Antônio Gabriel Ésper deve mesmo assumir o Comando do Exército na gestão Dilma Rousseff, pois já foi esquecido o problema que ele teve com a petralhada quando foi chefe do Cecomcex (Centro de Comunicação Social do Exército), na primeira gestão Lula.

Esper foi responsabilizado de ter soltado, em 17 de outubro de 2004, em pleno governo do PT, uma nota oficial defendendo o regime de 1964.

Na época, Lula exigiu e obteve uma nota de retratação pública do então comandante do EB, General Francisco de Albuquerque – que depois foi para a reserva e foi “promovido” para o Conselho de Administração da Pertrobrás – que foi presidido pela futura Presidenta da República, Dilma Rousseff.

Vida que segue...

Fiquem com Deus.


O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva.


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© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 29 de Novembro de 2010.

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