04/Maio/2017 - Atualização e esclarecimentos:
- Quando esta matéria foi publicada em 16 de maio de 2009, a empresa se chamava Instituto de Direito Público (IDP), atual Instituto Brasiliense de Direito Público (IBDP).
- Alguns links no texto abaixo não direcionam corretamente pois as páginas foram alteradas.
- Em nenhuma página do IBDP é mencionado o nome do Ministro Gilmar Mendes.
- Ao final, foram acrescentadas novas imagens e prints .
Gilmar Ferreira Mendes Presidente do Supremo Tribunal Federal do Brasil (Foto:Wikipédia) |
"Bom dia, meus amigos !
É muito triste, e MAIS uma vez DECEPCIONANTE, tomar conhecimento dessa realidade. Leiam, por favor !
Se alguém entrar no site do IDP, Instituto Brasiliense de Direito Público, que é de propriedade do Ministro Gilmar Mendes, vai constatar que entre os professores desse instituto, estão os senhores Eros Roberto Grau, Marco Aurélio Mello, Carlos Ayres Britto, Carlos Alberto Menezes Direito, César Peluzo e a senhora Cármen Lúcia Antunes Rocha .
Ou seja, seis Ministros do STF TRABALHAM para Gilmar Mendes. Daquela lista que assinou o documento de apoio ao presidente do STF, seis ministros na verdade estavam dando apoio AO PATRÃO, pois são obviamente remunerados por este ! E o problema é muito pior.
Pode um STF funcionar de forma imparcial se o seu presidente tem vínculos empregatícios com seis de seus membros ?
Pensem, raciocinem, indignem-se e repassem esse e-mail para todas as pessoas que puderem. Temos que reagir.
E nós pensando que por serem Ministros do STF, seriam todos livres para julgar de acordo com suas próprias consciências, sem terem o "rabo preso com ninguém"...
Abraços a todos vocês !"
Meus comentários:
Pois é...
Recebi o e-mail acima (que reproduzo na íntegra) e fui conferir. Lamentavelmente, é verídico. Por isso estou publicando. Entrando no link mencionado, vamos direto para a página do Corpo Docente do Instituto Brasiliense de Direito Público. E lá encontramos, pela ordem alfabética, os seguintes ministros do Supremo Tribunal Federal: Carlos Alberto Menezes Direito, Carlos Ayres Brito, César Peluso (Vice Presidente do STF), Cármen Lúcia Antunes Rocha, Eros Roberto Grau e Marco Aurélio Mendes de Faria Mello, além do próprio Gilmar Ferreira Mendes, Presidente do Supremo Tribunal Federal. Clicando no nome de cada um deles ficamos sabendo quem são. O absurdo está no fato de que: Sete dos onze ministros que compõem o Plenário do STF trabalham para a mesma empresa, cujo proprietário é um desses sete (Gilmar Mendes).
Preocupei-me então com a veracidade da informação de que o Presidente do Supremo fosse realmente o proprietário do IDP, pois o que tem de "Hoax" e "Pulhas Virtuais" por aí é uma festa! Em: http://www.idp.edu.br/web/idp/content/view/id/365
constata-se que ele é um dos fundadores do mencionado Instituto. Não satisfeito, aprofundei a pesquisa e na Wikipédia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Gilmar_Mendes)
encontrei a biografia do cidadão Gilmar Mendes, onde se lê, dentre outras coisas, o seguinte:
“Empresário de sucesso, Gilmar Mendes fundou, em 1998, juntamente com o Procurador Regional da República Gustavo Gonet Branco e com o advogado Inocêncio Mártires Coelho, o Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), uma escola privada que oferece cursos de graduação e pós-graduação em Brasília. Desde 2003, conforme consta das informações do "Portal da Transparência" da Controladoria Geral da União, esse Instituto faturou cerca de R$ 1,6 milhões em convênios com a União. De seus dez colegas no STF, seis são professores desse Instituto, além de outras figuras importantes nos poderes executivo e judiciário. O Instituto se localiza em terreno adquirido com 80% de desconto no seu valor graças a um programa do Distrito Federal de incentivo ao desenvolvimento do setor produtivo. O subsecretário do programa, Endels Rego, não sabe explicar como o IDP foi enquadrado no programa. O belíssimo prédio do Instituto foi erguido graças a um empréstimo conseguido junto ao Fundo Constitucional do Centro Oeste (FCO), gerido pelo Banco do Brasil, cuja prioridade de investimento é o meio rural. Entre os seus maiores clientes estão a União, o STJ e o Congresso Nacional.[3] O ministro confirma que é sócio do IDP e garante que não há nenhum impedimento para isso. "A Lei da Magistratura permite isso expressamente. Não há dúvida"[4].
Se não acreditam, porque é realmente inacreditável, entrem nos links acima e verifiquem vocês mesmo. Parabenizo o cidadão que constatou isso e divulgo por considerar de interesse público.
Fernando Lemos – 16/05/2009
Composição do STF em 2009 - Os membros destacados em amarelo eram funcionários do IDP - Fonte: STF |
Alteração Contratual que vigora atualmente- Fonte: Internet |
Quadro de Sócios do IBDP - Fonte: Ministério da Fazenda |
CNPJ do IBDP - Fonte: Ministério da Fazenda |
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